Vira e mexe um best-seller entra na lista dos queridinhos do mundo corporativo e a obra da vez é “A Estratégia do Oceano Azul”. Publicado há alguns anos, em 2005, por W. Chan Kin e Renée Mauborgne, sua proposta de repensar sobre estratégia na gestão empresarial permanece bem atual. Os autores são representantes do The Blue Ocean Stratgy Institute que pertence a uma das maiores escolas de business da Europa, a INSEAD.
A grande sacada de “A Estratégia do Oceano Azul” é deixar as estratégias tradicionais de lado, como diferenciação, liderança em custos e segmentação. Segundo os autores, as empresas procuram sempre melhor do que seus concorrentes, produzem mais barato que eles ou se especializam em público muito particular.
Todas querem se diferenciar, mas acabam fazendo exatamente a mesma coisa. Aí gera aquilo que eles chamam de “oceano vermelho”, cenário competitivo ao extremo e com margem de lucro muito pequena, o que leva, muitas vezes, à comoditização de produtos e serviço e torna rapidamente obstoletas grandes inovações.
Para se adaptar a esse cenário, as empresas precisam fazer enorme esforço operacional, financeiro e de marketing para oferecer benefícios valorizados e cada vez mais superiores aos seus clientes. Além de conhecer melhor sobre o mercado de atuação, o que nem sempre é suficiente devido às constantes mudanças. Situação de tirar o fôlego, não é mesmo?
O segredo da “Estratégia do Oceano Azul”
De acordo com o livro, a solução para esse problema seria detectar e explorar novos mercados, livres de concorrência. Esse novo ambiente foi chamado pelos autores de “oceano azul”. Para conseguir lucro e rentabilidade e fugir do “mar de sangue” do oceano vermelho, eles propõem algumas atitudes.
1 – Invista em ideias diferenciadas e com baixo custo
“A Estratégia do Oceano Azul” derruba a ideia ou empresas produzem algo diferenciado ou com baixo custo. Segundo a obra, é possível somar vantagens e não somente se limitar a optar por alguma delas em detrimento da outra.
2 – Crie um ambiente inexplorado
Ao invés de acirrar a competição e derrotar sua concorrência, busque explorar o segmento desejado sob uma nova perspectiva. Dessa forma, você poderá navegar nas águas calmas do Oceano Azul.
3 – Saiba enxergar as oportunidades
O livro ensina os empreendedores a enxergar as oportunidades e descobrir o seu Oceano Azul. Além da leitura da obra, recomendo que você acesse o portal Blue Ocean Strategy para utilizar ferramentas úteis a essa tarefa.
4 – Transforme não-clientes em clientes
Para explorar novos mares, você precisará fazer uma análise profunda do segmento e transformar não-clientes em clientes.
Segundo o livro, essas tarefas exigem transpor seis fronteiras: examinar setores alternativos, grupos estratégicos dentro dos setores, cadeia de compradores, ofertas de produtos e serviços complementares, apelos funcionais e emocionais dos compradores e transcurso do tempo.
Em seguida, você pode seguir quatro passos da estratégia do oceano azul:
• Comparar sua empresa em relação aos concorrentes para fazer as melhorias necessárias;
• Explorar as seis fronteiras na prática;
• Construir uma matriz de avaliação de valor com os dados obtidos;
• Investir em comunicação visual.
5 – Minimize os riscos
Mas não pense que os especialistas incentivam sair por aí explorando mares nunca dantes navegados sem nenhuma preparação. A metodologia inclui a aplicação do Teste de Ideias do Oceano Azul (TOA) para fugir dos riscos e aumentar suas oportunidades de sucesso. Vale a pena ler para conferir.
Ficou interessado? Coloque o livro na sua lista de leitura porque realmente oferece uma nova visão sobre estratégias. Se quiser mais dicas como esta, não deixe de assinar a nossa newsletter para receber novos conteúdos gratuitamente.