Os juros simples e compostos são a principal forma de cobrar pelo empréstimo de um dinheiro. É importante entender como eles são calculados antes de solicitar um crédito, como financiamento, ou, até mesmo, para fazer um investimento.
Assim, você terá mais autonomia para avaliar quando uma operação é vantajosa ou não. Neste artigo, confira:
- • o que são juros simples e compostos?;
- • para que servem os juros simples e compostos?;
- • como calcular os juros simples e compostos?
O que são juros simples e compostos?
Os juros simples são calculados apenas em cima de um montante inicial. Por causa disso, esse é um cálculo que possui menos variáveis e, portanto, é mais fácil de ser feito.
No caso dos juros compostos, o tempo também é um fator a ser considerado. Essa taxa é calculada sobre o montante inicial somado aos juros acumulados do período. Em outras palavras, é o famoso “juros sobre juros”.
Como se percebe, os juros compostos são mais vantajosos para quem empresta o dinheiro, pois depois de um tempo tornarão o valor emprestado muito maior. Já quem paga pelo empréstimo deverá desembolsar mais taxas.
Para que servem os juros simples e compostos?
Os juros simples e compostos são o custo do dinheiro. Ou seja, eles servem para remunerar pessoas físicas e jurídicas que emprestam ou investem determinado montante.
Caso eles não existissem, as operações financeiras não seriam vantajosas, já que envolveria apenas o valor inicial. Por exemplo: um cliente que solicita R$ 800 ao banco só iria pagar R$ 800.
Sendo assim, para tornar as relações justas é que essas taxas foram criadas. O mesmo se aplica aos investimentos.
Um investidor que adquire um título público empresta dinheiro ao Tesouro Nacional. Ao final de um período, ele pode retirar o valor investido mais os juros que lhe cabem, como uma forma de remuneração.
Como calcular os juros simples e compostos?
Na prática, calcular os juros simples e compostos não é complicado. Entenda melhor como funciona!
Juros simples
Para os juros simples, só existem basicamente dois valores: o inicial e a taxa. Por exemplo: imagine que você solicite R$ 1000 que cobra 0,8% de juros simples em um mês. Ficaria assim:
Total a ser pago: 1.000*0,8% + 1.000 = 1.080.
O primeiro fator se refere à taxa e o segundo ao montante solicitado. Caso o empréstimo fosse por apenas um mês, o valor seria de R$ 1.080.
Porém, se você escolhesse pagar em cinco vezes, o cálculo seria diferente. Então, o custo teria que ser multiplicado por cinco.
Taxa total: 80*5 = 400.
Portanto, no pagamento parcelado, o valor total seria de R$ 1.400.
Juros compostos
Os juros compostos são diferentes, pois para calculá-los é necessário considerar outros aspectos importantes.
No exemplo acima, os juros simples do primeiro mês seriam de R$ 80. Já os dos segundo também seriam R$ 80 e assim por diante.
Caso as taxas fossem compostas, a partir do segundo mês seria considerado o montante inicial e os juros anteriores. Assim:
Taxas do segundo mês: [1.000 + 80 (juros do primeiro mês)] * 0,8 (taxa de juros) = 86,4
Taxas do terceiro mês: (1.080 + 86,4)* 0,8 = 93,3
Quanto maior for o período considerado, maior será a diferença. Enquanto os juros simples se mantém em R$ 80, os compostos começam em R$ 80 e já no terceiro mês são de R$ 93,3.
A fórmula dos juros compostos é a seguinte:
Valor inicial x (1 + taxa de juros) ⁱ
O “i” elevado representa o tempo que, geralmente, é calculado em meses.
A taxa cobrada pelo cheque especial é um ótimo exemplo de juros que crescem ao longo dos meses. Em um ano, o custo desse produto financeiro pode chegar a 300%.
Conclusão
É importante que todos entendam como os juros simples e compostos são cobrados. Dessa forma, será possível avaliar os produtos financeiros, incluindo financiamentos, empréstimos e até investimentos.
Para quem empresta dinheiro, os juros compostos são os que trazem mais retorno. Porém, a pessoa que pega um crédito pode pagar muito mais taxas. Sendo assim, para essa pessoa, o juros simples é mais vantajoso.
Por fim, você também aprendeu como calcular ambas as taxas!
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