Se você ainda não ouviu falar de artistas e empresas que foram canceladas, é preciso ficar de olho. Esse hábito recente pode prejudicar tanto a imagem quanto o faturamento da sua marca, afinal, existe uma forte relação entre marketing e cultura do cancelamento. Por isso, neste artigo, você poderá entender:
- – o que é a cultura do cancelamento;
- – o lado bom e ruim do cancelamento;
- – a relação entre o marketing e cultura do cancelamento;
- – como gerir uma empresa para evitar o cancelamento.
O que é a cultura do cancelamento?
A cultura do cancelamento é um termo que ganhou destaque nos últimos anos e, aparentemente, chegou para ficar. Hoje, além de celebridades e influenciadores digitais, as empresas também podem ser canceladas pelo fato das pessoas não concordarem com algum posicionamento da marca.
É uma onda impulsionada pelas redes sociais onde a marca tem seu conteúdo sabotado e o público declara que, a partir daquele momento, não é mais cliente da empresa.
Na prática, a cultura do cancelamento funciona assim: uma pessoa considera o posicionamento de uma marca errada e divulga o “erro” na internet. O alcance se torna praticamente viral quando famosos, autoridades e influencers passam a corroborar com a crítica e a empresa se torna cancelada.
O lado bom e ruim do cancelamento
Não existe relação apenas entre o marketing e cultura do cancelamento, que acaba prejudicando a imagem da marca assim como seu planejamento de comunicação.
Esse novo hábito também impacta negativamente no faturamento da empresa. Afinal, pode-se perder uma grande quantidade de clientes e ainda ter reestruturar todo o seu plano de comunicação.
No entanto, o lado bom do cancelamento existe, uma vez que a empresa pode sair mais forte disso tudo. Muitas passam a transformar seu posicionamento e, em meio a essa crise, podem sair muitas ideias novas, tornando a empresa em uma versão melhor dela mesma.
A relação entre o marketing e cultura do cancelamento
Como falamos acima, a relação do marketing e cultura do cancelamento existe. Vamos usar como exemplo a marca de cerveja Skol, que foi cancelada pelo seu público feminuno a respeito de suas campanhas consideradas sexistas e machistas, usando a mulher de maneira objetificada.
A frase “Esqueci o Não em Casa”, da campanha de 2015, foi extremamente mal recebida e, em 2018, a Skol criou a nova campanha de Carnaval contra o assédio sexual, onde apontava a diferença entre paquera e assédio.
Esse exemplo é muito útil para mostrar como uma marca pode usar o cancelamento para se renovar, passar a se comunicar com um público que antes era ignorado (no caso, as mulheres) e conquistar mais clientes.
Como gerir uma empresa para evitar o cancelamento
A palavra-chave para que sua empresa não seja cancelada é a transparência. Mas, mais que isso, a assertividade na comunicação também é fundamental. Isso quer dizer que campanhas de marketing e conteúdos divulgados na internet não podem ter espaço para interpretações ambíguas pelo público.
É preciso fazer tudo isso seguindo sempre o tom de voz, identidade e valores da marca. No entanto, se os valores da marca não são mais bem recebidos pelo público-alvo, talvez seja o momento de modificá-los ou arcar com as consequências de se dirigir a um público específico.
Veja, a seguir, os principais motivos para que levam as pessoas a cancelarem uma marca e como evitá-los:
Performance do produto
Se o produto não atinge as expectativas do consumidor ou a propaganda feita foi enganosa, ele pode cancelar a empresa. Para isso, é preciso transparência ao falar dos seus produtos e serviços e, em caso de insatisfação ou reclamação, procurar resolver de forma rápida;
Comportamento dos representantes
Ao pensar em marketing e cultura do cancelamento não tem como não considerar os influenciadores digitais. As pessoas podem cancelar uma marca se o influenciador digital contratado se comportar de uma forma que elas reprovam.
Para evitar isso, as empresas devem conhecer muito bem o influencer antes de fechar uma parceria e certificar-se de que ele está alinhado aos valores da marca;
Expectativas não correspondidas
É quando a marca usa um arquétipo de personalidade amigável, simpática e calma mas, durante um atendimento, o consumidor não sente nada disso. Outro exemplo é quando a marca apoia uma causa teoricamente mas, na prática, ela não é aplicada no dia a dia.
Para evitar que isso aconteça, a empresa precisa se certificar de que todas as áreas estão, de fato, aplicando o que é comunicado. Dessa forma, as pessoas não acharão que o posicionamento da marca é falso.
Conclusão
A cultura do cancelamento é um hábito que surgiu nos últimos anos e sua força é baseada nas redes sociais. Quando o público sente-se enganado ou “desalinhado” com o posicionamento de uma marca, por exemplo, ela pode ser cancelada e ter seu alcance e lucro prejudicados.
Para evitar que isso aconteça, é preciso que as marcas estejam sempre muito bem alinhadas às transformações do seu público-alvo e seus valores. A transparência na comunicação é, portanto, a grande sacada.
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